Theresa Knorr: a história de uma mãe assassina e torturadora

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
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Theresa Knorr tinha apenas 18 anos de idade quando assassinou seu marido, Clifford Clyde Sanders, com um tiro de espingarda, porque ele queria abandoná-la. O casal tinha um filho, Howard, e esperava um segundo menino, William. Perante a justiça, Theresa alegou que o assassinato foi em legítima defesa e isso bastou para que ela fosse absolvida. 

Com o passar dos anos, a mulher voltou a se casar e se separar, em duas ocasiões. Como fruto dessas relações, nasceram Susan, Sheila, Robert e a pequena Theresa, chamada de Terry. Assim, Theresa era uma mãe solteira com seis filhos, alcoólatra e com episódios de violência doméstica. 

Quanto mais álcool consumia, mais brutais eram os castigos e tormentos que infligia a seus próprios filhos. Frequentemente, os colocava sentados no chão da cozinha e os mandava não se mexer. Quando algum deles a desobedecia, ganhava um castigo físico, que geralmente consistia em socos e tapas.

Os espancamentos eram frequentes, e Theresa ainda torturava seus filhos com confinamentos prolongados e inclusive jogava facas de cozinha neles. Em algum momento, começou a ficar obcecada pela filha Susan, a quem acusou de rogar maldições para que ela engordasse desmedidamente. 

Então, começou a torturar a filha com comida. Quase como um ritual, sentava Susan todos os dias no chão da cozinha e colocava uma panela fervendo com macarrão e queijo sobre as pernas da menina, que não podia se levantar até terminar de comer tudo. 

Um dia, Susan fugiu de casa para denunciar a sua mãe para a polícia. A pequena contou detalhadamente os abusos e maus-tratos aos quais ela e seus irmãos eram submetidos. No entanto, a polícia terminou dando crédito a Theresa, que alegou que sua filha tinha um sério transtorno psiquiátrico. 

O que Susan sofreu ao voltar ao lar foi brutal. Toda a família foi obrigada a golpeá-la com luvas de borracha. Quem não batia suficientemente forte deveria repetir o golpe. Descobriu-se mais tarde que, após esse castigo, Susan desenvolveu um tumor ovárico e múltiplas hemorragias internas. 

Susan permaneceu algemada à sua cama por muito tempo. Quando sua mãe acreditou que ela não tornaria a escapar, tirou as algemas. A primeira coisa que fez foi perguntar-lhe novamente se ela era responsável pelo aumento de peso da mãe. Com a negativa da filha, Theresa atirou no peito de Susan com uma pistola. 

Ainda que a mulher tenha tido o trabalho de limpar e curar as feridas, a bala ficou alojada nas suas costas. Mais tarde, em uma calorosa discussão, Theresa pegou uma tesoura e apunhalou Susan no torso. Cansada dos abusos, a menina implorou à mãe que lhe permitisse mudar de casa. Surpreendentemente, a mulher aceitou. 

No entanto, teve uma condição: a bala alojada nas costas deveria ser retirada. Theresa drogou e alcoolizou Susan para realizar uma terrível cirurgia. Robert, um dos irmãos, foi o responsável por cortar as costas da irmã e retirar a bala com suas próprias mãos. A menina agonizou por vários dias, até que sua mãe colocou toda a família no carro, dirigiu até uma ponte, tirou Susan do veículo, encheu-a de gasolina e a queimou viva. 

Outra das filhas, Sheila, começou a ser prostituída por Theresa. A menina trazia dinheiro para casa e isso deixava a mãe feliz. No entanto, um dia ela acusou a filha de estar grávida e infectada por alguma doença venérea. Obrigou os irmãos a prenderem a menina em um armário e proibiu a todos de dar-lhe água ou comida. Sheila morreu em semanas de inanição. 

Theresa colocou o cadáver de sua filha em uma caixa grande e o levou até as montanhas, onde o abandonou. Preocupada com os rastros e provas deixadas na casa, ela incendiou o lugar. Quando os bombeiros começaram a acreditar que o incêndio havia sido intencional, o que restava da família desmoronou.

Howard, o filho mais velho, foi embora, e nunca mais se soube dele. Enquanto isso, William e Terry começaram uma nova vida, cada um em seu caminho. Robert ficou com a mãe, mas a falta de dinheiro o levou a roubar e a assassinar uma pessoa, o que lhe valeu uma pena de 16 anos na prisão. 

Finalmente, depois de 11 anos do assassinato de Susan, e 9 da morte de Sheila, Terry se apresentou à polícia para confessar toda a história. Theresa foi presa e condenada à morte. No entanto, ao confessar-se culpada, recebeu duas sentenças de prisão perpétua. Além disso, os irmãos sobreviventes foram obrigados a realizar tratamento psiquiátrico. 


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Fonte: Debate